A ação cultural em modo partilha

Conversa Fiada

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Ciclo | Encontros | Regeneração urbana | Sustentabilidade | Programação | Paisagem | Terra

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Lugares regenerativos
Ciclo | Encontros | Regeneração urbana | Sustentabilidade | Programação | Paisagem | Terra

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Lugares regenerativos
Ciclo de encontros dedicados à partilha de práticas culturais e aos desafios da regeneração urbana em áreas de baixa densidade. Agentes da inovação abordam suas terras em registros inspiradores e que vale a pena debater e valorizar para além das fronteiras desses lugares. O encontro engaja agentes criativos e empreendedores, gestores culturais, investigadores, técnicos e políticos, cartografando a emergente realidade do saber-fazer-território a diversas escalas de ação.

Vincadamente interdisciplinar, e com foco no Alentejo, o ciclo destina-se a estimular futuras colaborações e parcerias entre organizações – nomeadamente associações culturais, movimentos cidadãos, creative hubs – que partilham ideais e objetivos de fundo na órbita da sustentabilidade e da resiliência, e o desejo de, através de fatores distintivos, colaborar na gestação de uma paisagem cultural mais diversificada no território nacional. 

Em três momentos – 24 de agosto, 28 de setembro e 26 de outubro –, são articuladas questões gerais e imaginadas ações conjuntas – comunidades de labor. Espera-se a gestação de uma equipa informal envolvida na criação de uma rede cultural com atividades regulares e em que o projeto CONVENTO DA TERRA, na sua perspetiva holística e de conservação, possa propor ressonâncias.

 

Em concreto, os objetivos destes encontros são quatro: 

– gerar uma comunidade de partilha da abundância; 

– criar cooperativamente projetos intermunicipais; 

– desenvolver um sistema de residências e itinerâncias; 

– gerar uma identidade dinâmica no quadro de um emergente paradigma socio-cultural.

 

Lugares regenerativos tem um texto ensaiado no horizonte: “Torrão Esvaziado” de Mário Câmara Caeiro.

 

Biografia dos Conversadores do ciclo Conversa Fiada I:

Filomena Barata

Técnica superior do Museu Nacional do Traje.

A sua área preferencial de investigação centra-se em torno das temáticas do Património Cultural, tendo-se dedicado com particular atenção ao estudo da Religião na Época Romana, tema sobre o qual tem publicado vasta bibliografia.

É doutoranda da Universidade de Évora, na área da Museologia, centrada na “Comunicação: Mitologia nos Museus”.

 

José Alberto Ferreira
Docente convidado da Universidade de Évora, onde leciona disciplinas da área da história e teoria do teatro, da programação cultural. Desenvolve investigação na área do teatro, teatro de marionetas, edição, curadoria e programação. Tem colaboração dispersa em vários jornais e revistas, nacionais e internacionais.  Dirigiu e produziu o Festival Escrita na Paisagem (2004-2012), no âmbito do qual programou projetos e criações de artistas nacionais e internacionais na área do teatro e do transdisciplinar. Foi o curador português do projeto INTERsection: Intimacy and Spectacle, integrado na Quadrienal de Praga 2011. Dirigiu e programa Ciclos de São Vicente, em Évora (2011-2017) e o ciclo Outros Cinemas (2011-2019). Foi o Director Artístico do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida entre  2018 e 2023. É consultor da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC).

Publicou, além de textos dispersos por catálogos e revistas, Uma Discreta invençam (2004), sobre Gil Vicente, Por dar-nos perdão (2006), sobre teatro medieval, Da vida das Marionetas, sobre os Bonecos de Santo Aleixo (2015). Editor e coeditor de vários títulos, de que destaca Escrita na paisagem (2005), Autos, passos e Bailinhos (2007), Tradução, Dramaturgia, Encenação  (2014), Perpectivas da investigação e(m) artes: articulações (2016), Teatro do Vestido. Um dicionário (2018). Colabora com várias organizações ministrando cursos e seminários.

 

Sara Fonseca

Possui o Curso de Conservação e Restauro de Pintura (C.E.F.P.L., 1989) e graduou-se em Conservação e Restauro (UCM, 1995). Especializou-se em Gestão Cultural na UCM.

Do seu currículo profissional, destacam-se as funções como Diretora Técnica, Sociedade Portuguesa de Conservação e Restauro de Bens Culturais, Lda., 1992-1999; Vogal da Comissão de Arte Sacra da Diocese de Santarém, Santarém, 1990-…; Vogal, Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, Beja, 1992-2017; Responsável Técnica, Atelier de Conservação e Restauro de Obras de Arte, Casa-Museu dos Patudos, 1996. É membro do IIC (International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works).

Possui larga experiência de gestão de projetos culturais. De 2010 à atualidade, assumiu a direção de produção do Festival Terras sem Sombra.

 

Manuel Correia da Silva

Nasceu em Lisboa onde estuda na Faculdade de Belas Artes, lança a sua carreira profissional em Macau e na China onde volta aos estudos com um MBA.  Agora está de volta a Portugal e ao Alentejo. É co-fundador de vários projetos criativos, incluindo o ateliê de design Lines Lab, a agência de promoção de artistas None Of Your Business com base em Macau. É fundador da Associação Cultural +853. E  outrora membro da banda de rock Rollana Beat.

Agora está nos bastidores, dando oportunidades a talentos emergentes no Festival This is My City e recentemente é cooperante da Estação Cooperativa de Casa Branca no Alentejo.

 

Sara David Lopes

Licenciada em Antropologia (FCSH da Universidade Nova). Teve desde sempre um fascínio pelas línguas e começou a traduzir aos 15 anos.

Por volta de 1986 participa num projeto europeu com sede na Holanda, (Europa TV) como tradutora de filmes e na sequência dessa colaboração, passa a colaborar com a RTP na mesma área. À colaboração com a RTP junta o trabalho para outros canais televisivos e para o cinema. Trabalha desde então nessa área. Nos últimos anos, trabalha quase exclusivamente para cinema, colaborando com distribuidoras e produtoras nacionais e estrangeiras.

Em 2013, com três amigos, inspirados no festival Filmes Femmes Méditerranées, em Marselha, decididiram criar o projeto Olhares do Mediterrâneo ao qual se dedica desde então, a par das atividades profissionais.

O Festival veio consolidar várias paixões: os filmes, as viagens, o contacto com o Outro e os outros.

Nos tempos livres adora viajar e ler, gosta do mar, de passear, de conversar e trocar experiências. Tem duas filhas e duas gatas e considera-se uma pessoa feliz e afortunada.

 

Júlio Artur Cruz Ramos Roriz

Nasceu em Viana do Castelo, no ano de 1970, Bacharel em Fotografia (ESAP, 2000).
Fotógrafo e Formador na área de imagem e comunicação, colaborador em diversas atividades culturais desenvolvidas na região Alentejana.

 

Arlinda Ribeiro

Trabalhou até 1988 no Departamento de Cultura e Turismo em Óbidos, contribuindo significativamente para a promoção do património local.

Formação  em Conservação e Restauro-Londres 1988/95, onde desenvolveu um profundo conhecimento nas áreas culturais e patrimoniais.

Além disso, tem uma trajetória marcante na área de produção musical, onde alia seu conhecimento técnico e artístico para a criação de projetos inovadores. Programou as edições do  “Monsaraz Museu Aberto” nos anos 2000, 2002, 2004 e 2024, demonstrando sua contínua dedicação à preservação e dinamização da cultura no Alentejo

Criou o restaurante/galeria de artes Sem-Fim em Monsaraz.

CONVERSA FIADA I
24.08.2024

Um par de dias depois do encontro, recebemos de Carlos Alberto Bragança, geógrafo e natural do Torrão, uma síntese assaz concreta do debatido. São tópicos a que próximos encontros certamente voltarão.

Preocupação geral/dominante: emergência de formas de gestão do espaço público – comunicacional/biofísico.

Vertentes exploradas:

– Reativação e/ou inovação de formas colaborativas/cooperativas convencionais para enfrentar problemas de degradação patrimonial ou relacional (casos de Casa Branca e Beja);

– Elementos de atração peculiares do Alentejo e particularmente identificáveis no Torrão (situação geográfica, arqueologia, agroecossistemas – caso do montado – morfologia, amplitude visual, silêncio);

– Fatores de perturbação/agressão ecossocial: degradação da água (superficial e subterrânea, em quantidade e qualidade) e modos de vivência a ela associadas, impactes da agricultura industrial financeirizada, incluindo a mão de obra importada do outro lado do mundo hiperexplorada;

– Identificação de pólos de animação cultural/artística capazes de mobilizar formas de vivência (temporal ou permanente) compatíveis com a história/espírito dos lugares em depressão (cinema, música, teatro, fotografia, artes plásticas…);

– Possibilidade de fortalecer a reivindicação de serviços e assistências básicas (mobilidade, reabilitação de património, eventos socioculturais …) perante as instituições públicas convencionais (autarquias locais, entidades da administração regional/central), incluindo uma “mobilização” da diáspora;

– Implementação/articulação de redes para comunicação e articulação de iniciativas de animação cultural e artística, colaboração e candidaturas a financiamento de projetos.

A estes pontos poder-se-á ainda adicionar a problemática da atmosfera urbana – introduzida por Filomena Barata na abertura da sessão, quando mencionou a importância do Silêncio – e que se relaciona com a criação e a gestão da sinalética e da imagem urbanas; e a questão do quotidiano das comunidades migrantes e ainda excluídas da narrativa predominante. MCC

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