Manuel Candeias, conta seu filho Zé Augusto, imaginava de véspera as personagens que começaria a criar no dia seguinte. Nas horas vagas do duro labor, a cortiça ganhava nas suas mãos formas harmoniosas, materializando uma narrativa tão real e baseada no quotidiano do trabalho quanto imaginada – e no fundo compreendida.
Nesta exposição inédita de um artesão excepcional, o labor do corticeiro como que presta homenagem à arte do azeite – a cada momento-chave de um método de produção –, a um processo ancestral no cerne da cultura alentejana.